REVISITANDO CASTRO ALVES (1847-1871)

 



REVISITANDO CASTRO ALVES (1847-1871)

 

¨E existe um povo que a bandeira empresta

Pra cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria!...

Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta, que impudente na gávea tripudia?...

Silêncio!... Musa! Chora, chora tanto

Que o pavilhão se lave no teu pranto...

 

Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que a luz do sol encerra

Às promessas divinas da esperança...

Tu, que da liberdade após a guerra,

Foste hasteado dos heróis na lança,

Antes te houvessem roto na batalha,

Que servires a um povo de mortalha!...¨

 

Considero estes versos do poeta baiano como um dos mais belos e significativos da Língua Portuguesa. 


Comentários