EM SENDO ASSIM...
Cleide Canton
Em sendo assim, deponho
minha espada.
Recolho meus tropeços mas
não choro.
Meus ais não se ouvirão
nem eu imploro
por chuvas de verão na
minha estrada.
A lenda que criei foi
apagada
e o canto que eu não canto
é mais sonoro.
Os versos que inda faço e
não decoro
valseiam numa página
virada.
Minhas mãos que aplaudiam
sem cessar
cada nuvem que pairava
sobre o mar,
descansam nesta fase
vespertina.
Mas o olhar ainda brilha
de esperança
ao ouvir um sorriso de
criança
em meio à multidão que
desafina.
(FONTE AVBAP)
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